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A manifestação contou com a presença da mãe do menino que, segurando seu uniforme escolar manchado de sangue, fez um discurso bastante emocionada.
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Comitês para ciências humanas e sociais
A paralisação de caminhoneiros, de 21 de maio a 31 de maio, marcou parte do cotidiano em muitas partes do Brasil, com filas extensas de caminhões em várias rodovias, bloqueios em alguns pontos, desabastecimento parcial de muitos itens, inclusive alimentos (o que dificultou muito a chegada de ingrediantes pra preparação da merenda nas escolas municipais do Rio de Janeiro e acarretou a suspensão das aulas nesses estabelecimentos, por exemplo). O debate sobre a caracterização desse movimento é importante. Mas seja uma greve, seja um locaute (uma paralisação orquestrada por patrões), seja um pouco de cada, em maior ou menor grau pra cada lado, colocou como uma pauta de destaque, de modo bem direto, a atual política (notemos bem: política) de preços de combustíveis, que a hierarquia da Petrobras apresenta como técnica (notemos bem que a intenção é fazer parecer que não é política), e, de modo indireto (mas um indireto bastante direto), a relação entre essa política de preços e a privatização da Petrobras (mais precisamente, o aprofundamento aceleradíssimo dessa privatização, pois ela não começou agora). A greve parcial dos petroleiros, de 30 de maio a parte do dia 1º de junho (o momento de saída da greve não foi o mesmo em todos os locais), teve um papel de destaque na politização (no bom sentido da palavra) da pauta dos preços dos combustíveis, ao relacionar didaticamente a política de preços dos combustíveis (e não apenas do diesel e da gasolina, mas também do gás de cozinha, por exemplo) com a privatização da Petrobras, especialmente das refinarias, e até com a transformação da Petrobras de uma empresa integrada de energia pruma exportadora de óleo cru. Ambas as paralisações foram também, tendo sido ou não a intenção dos seus autores (ou pelo menos de parte deles), uma aula prática sobre como a logística e o petróleo (e, de modo mais amplo, a energia) são especialmente estratégicas. Dito de outra forma, que a vida das pessoas, principalmente do povão, depende muito das políticas em torno da logística e da energia.
O cenário político atual do contexto brasileiro está cada vez mais alarmante. De uns anos para cá, não faltam notícias preocupantes no quadro nacional. Para citar algumas, podemos falar de condução coercitiva de reitores de universidades federais[1], criminalização e banalização de movimentos sociais (notícias sobre arquitetura do prédio e sua história ganham mais importância do que as dezenas de vidas perdidas nessa tragédia e, para além disso, a necessária reorganização do espaço humano)[2], intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro, reformas educacionais idealizadas por bancos internacionais e indústrias petroleiras[3], desmonte e privatização de órgãos públicos[4] e, mais recentemente, uma possível audiência pública na câmara dos deputados, em Brasília, para apurar uma suposta perseguição a estudantes evangélicos nas universidades públicas (fato político construído na UFF com a parceria de neonazistas)[5]. Se o Brasil atual não é um país em estado de exceção, caminhando a passos largos ao totalitarismo, não sabemos o que é. Entretanto, devemos nos perguntar: de onde vem as motivações, incentivos e suporte (ideológicos, estruturais e financeiros) para esse desmonte do Estado brasileiro?
Read moreNeste dia 14, a vereadora Marielle Franco, do PSOL-RJ, uma das mais votadas do município, foi assassinada enquanto voltava de um evento na Lapa. Segundo testemunhas, um carro emparelhou ao dela no bairro do Estácio e efetuou 9 disparos, matando a parlamentar e seu motorista Anderson Pedro Gomes, de 39 anos. Tudo indica uma execução.
Read moreA Associação das Mães da Praça de Maio, em Buenos Aires, vem sofrendo várias intervenções por parte do governo argentino. Nesta semana, uma equipe de oficiais de justiça tentou confiscar o arquivo da organização, que guarda documentos dos desaparecidos políticos da última ditadura cívico-militar. A ação foi considerada abusiva e ilegal pela presidente da entidade, Hebe Bonafini, ativista histórica, que aos 90 anos continua na luta por justiça, memória e liberdade.
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