O conflito se iniciou nesta sexta-feira, dia 27/11, de noite quando fogos de artifício foram disparados contra policiais da UPP, seguidos de trocas de tiros em vários pontos do morro do Jacarezinho. Desde então, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) está no local de forma intensiva, inclusive com a presença do caveirão. As trocas de tiros estão constantes, principalmente durante a noite onde a comunidade vira uma praça de guerra.

Os principais atingidos pelo conflito são os moradores que estão presos dentro de suas casas. Durante o dia, quando a situação tem ficado mais tranquila, as pessoas tentam seguir a vida normalmente, mas o convívio com a polícia e o medo de um confronto a qualquer momento tem impedido qualquer tranquilidade.

Diversos moradores relataram atos de violência policial, mesmo em momentos sem confronto. Um morador relatou que presenciou aproximadamente dez policiais agredindo dois rapazes caídos no chão.

Outro morador relatou que quando voltava de noite para casa com dois amigos, foram parados e revistados por policiais e que após se certificarem de que eram moradores, um policial disse que “morador tem que se fuder mesmo aqui dentro”.

Há poucas horas, outro morador relatou o seguinte: “eles [policiais] estão de maldade com morador também, o que passar eles querem acertar, eles estão fazendo tiro ao alvo.”

Até a pouco já eram pelo menos um rapaz ferido, uma mulher e um rapaz mortos, quatro policias feridos e um policial morto. No entanto, as informações ainda são imprecisas e confusas, ao mesmo tempo que continua intenso confronto em todo o complexo do Jacarezinho.

Segundo comentários que correm pelas redes sociais, a causa do conflito seria devido a uma ordem dos chefes do Comando Vermelho de expulsarem a UPP de todas as comunidades ocupadas pela facção, no entanto, o conflito parece estar ocorrendo apenas no complexo Jacarezinho até o momento.