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Rio de Janeiro-RJ: 7 de setembro negro – Grito dos Excluídos acontece novamente no Rio

Setembro 07, 2016 - 00:00
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Nesta quarta-feira, dia 7 de setembro, comemoração da Independência do Brasil, houve mais uma vez a realização de manifestações na cidade do Rio de Janeiro. O grito dos excluídos contou com cerca de três mil pessoas e caminhou pelas ruas do centro denunciando as mazelas que sofre diariamente a classe trabalhadora.

O ato começou por volta das onze horas da manhã. Desde cedo, o Batalhão de Choque já fazia revistas arbitrárias e já patrulhava as ruas do centro em busca de manifestantes que iriam para o ato. Na Cinelândia, muitos policiais esperavam por uma possível concentração no local, enquanto na Uruguaiana um cerco foi montado com três cordões de policiais militares impedindo o acesso à Avenida Presidente Vargas e revistando todas as pessoas que se aproximavam da concentração. Manifestantes chegaram a ter suas identidades fotografadas durante as revistas.

Cerca de 11 horas da manhã o ato andou no sentido Praça Mauá. Duas vias da Avenida Presidente Vargas foram fechadas pelos manifestantes, que caminharam por cerca de duas horas. Um grande grupo de pessoas gritou contra as eleições. Uma parte dos manifestantes também trazia cartazes e faixas que denunciavam a farsa eleitoral. Enquanto na outra pista, manifestantes partidários bradavam pelo Volta Querida, os coletivos e indivíduos independentes protestavam contra o espetáculo eleitoreiro, tomando a frente do ato com uma grande faixa contendo os dizeres “Não Vote, Lute”.

Candidatos a cargos públicos nas eleições deste ano no Rio de Janeiro chegaram a ter falas no carro de som, porém foram rechaçados por parte considerável dos presentes no ato.

Durante o trajeto, três homens passaram pelo ato provocando os manifestantes. Possuíam camisetas com campanhas para votos em políticos militares e chegaram a tirar fotos dos ativistas que compunham o protesto. Alguns manifestantes se exaltaram com a provocação e foram tirar satisfações com os homens, que foram escoltados pela Polícia Militar. Durante a confusão, um manifestante – que costuma estar presente nos atos vestido de Homem-Aranha – se sentiu ofendido pelas provocações e atingiu um dos homens com um pênis de borracha. O manifestante foi detido, levado para a Cidade da Polícia, e algumas horas depois liberado.

O ato chegou à Praça Mauá, onde terminou, por volta das 13 horas.

O grito dos excluídos pediu pelo fim da Polícia Militar, instituição responsável pela morte de milhares de jovens pobres e negros no estado do Rio, lembrou vítimas da violência policial nas favelas e também gritou contra as UPP's (Unidades de Polícia Pacificadora). Protestaram também contra o recém começado governo Temer, que visa já cortar diversos direitos dos trabalhadores. Também houve apoio à luta feminista e à luta da comunidade LGBT, que vem tendo os direitos, duramente conquistados, ameaçados desde antes do fim do governo Dilma.

Neste 7 de setembro, apesar do circo patriota armado no centro da cidade, o povo oprimido pela bandeira verde e amarela gritou mais alto, independente de partidos políticos e candidatos.

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