ATO CONTRA A VOLTA ÀS AULAS E CONTRA O ENSINO REMOTO

Enviado por CMI-Rio em sex, 10/07/2020 - 13:24
Data: 
terça-feira, 14 Julho, 2020 - 16:00

Local: Central do Brasil

 

CONTRA O RETORNO IMEDIATO DAS AULAS!

 

ABAIXO A POLÍTICA DE EXTERMÍNIO!

 

Em defesa da educação pública! Contra o Ensino Remoto excludente!

 

A pandemia do novo coronavírus avança no país, levando à morte milhares de pessoas. Em sua maioria trabalhadores. Num cenário como esse, em que a prioridade deveria ser garantir atendimento básico de saúde e condições de vida dignas ao povo, os governos seguem atacando os nossos direitos e garantindo os lucros dos patrões: congelam salários, são morosos em conceder o auxílio emergencial, mas velozes em realizar repasses milionários a banqueiros e grandes empresas.

 

Na educação não é diferente: se aproveitam da crise para avançar com a privatização e a precarização do trabalho. Durante a pandemia, implementam o ensino remoto através de contratos com grandes empresas multinacionais (Microsoft e Google), mas seguram o dinheiro da merenda e negam abastecimento às famílias. Mais de 90% dos alunos estão excluídos das plataformas online. Mesmo aqueles que acessam relatam problemas cotidianos (desemprego, fome, estresse, cuidados com familiares, doença, etc.) que comprometem a realização de qualquer atividade pedagógica durante esse período. Tudo isso acontece ao mesmo tempo em que ocorrem denúncias de desvio de verba na compra de respiradores e no dinheiro da merenda. Tentam precipitar a volta às aulas, menosprezando a vida dos trabalhadores, estudantes e suas famílias. Não aceitaremos passivamente tudo isso! Sabemos que não faltam recursos! Na verdade, falta compromisso político com povo.

 

Retornar às aulas sem respeitar os critérios estabelecidos por instituições sérias da área da saúde (Fiocruz, UFRJ), em escolas sem estrutura básica, turmas superlotadas, onde falta água, luz, materiais de higiene, com alunos que moram com muitos familiares (pai, mãe, irmãos, avós), é o mesmo que mandar o povo para o abatedouro, sem qualquer constrangimento. É a continuação da política de genocídio aplicada nas favelas e periferias, desta vez, pela aglomeração forçada de pessoas sem condições sanitárias em meio a pandemia.

 

*Nós, trabalhadores da educação, convocamos o povo e os demais trabalhadores a lutar de forma organizada pela manutenção dos nossos direitos, pela garantia de condições de vida dignas para todos e pelo direito à educação.*

*Pela garantia de uma renda básica a todos os trabalhadores durante a pandemia!*

*Pelo direito à segurança alimentar dos estudantes!*

*Pela manutenção do isolamento sanitário enquanto durar a pandemia!*

*Contra o ensino remoto e o ensino híbrido implementado pelos governos!*

*Por um debate sobre o calendário letivo com toda a comunidade escolar!*

*Pela recontratação de todos os terceirizados trabalhadores/as da limpeza e cozinheiros/as demitidos durante a pandemia!*

*Por melhores condições de trabalho para todos e todas!*

 

Assinam esta nota:

Movimento Educação na Luta

RALÉ - Rede Autônoma de Luta pela Educação

MOCLATE - Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação

INTERSINDICAL - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

Chapa 23 - Da escola ao Sepe, do Sepe à escola

Flanarquia

Chapa 68 - Regional I do Sepe

ATB - Associação de Trabalhadores de Base

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